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Você já fez algum trabalho voluntário?

“Trabalho Voluntário, Responsabilidade Social
e Qualidade de Vida também
se aprendem na Escola”

Para mim, a responsabilidade social, o trabalho voluntário e a responsabilidade pela própria qualidade de vida são desafios que devem fazer parte da rotina educacional, independente do nível de ensino.

Precisamos formar cidadãos éticos, preparados tanto para o mundo do trabalho quanto para a vida. Para isso se faz necessário reconhecer o potencial transformador de cada um, criando espaço na sala de aula para a construção de uma ponte com a comunidade, onde o aluno possa participar e contribuir proativamente para a construção de uma sociedade mais justa, equilibrada e com mais oportunidades.

“No Brasil, somente 11% da
população são voluntários…”

Acredito que é responsabilidade da educação preparar os alunos para este papel transformador. Para ações capazes de alterar positivamente a sua própria realidade e também da comunidade, onde vivem. De promover mudanças de atitudes, que favoreçam o desenvolvimento sociocultural para a manutenção de um ambiente saudável e uma sociedade mais igualitária. No Brasil, somente 11% da população são voluntários e segundo o Instituto Itaú Social, (2015), dessa população 51% são homens e 49% são mulheres.

De acordo com o Livro Verde, da Comissão Europeia (2001), “a responsabilidade social é um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo”.

Para as organizações a responsabilidade social gera a sustentabilidade, percebida como o equilíbrio entre os resultados econômicos, ambientais e sociais, que agrega valor ao produto.

Enquanto voluntário, segundo definição das Nações Unidas, “é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos…”

“O trabalho voluntário somente foi
regulamentado em 1996, pela Lei 9608/98,
o que representou grande avanço para
o desenvolvimento do voluntariado no país.

Já a qualidade de vida está associada a condições de trabalho, diante das exigências do ambiente empresarial e também das nossas necessidades de adaptação, de acordo com a nossa personalidade, o cargo que ocupamos e as expectativas do meio ambiente. (LIMONGI-FRANÇA, 2012).

Neste sentido, a educação deve estimular a melhoria da qualidade de vida na perspectiva individual e as ações sociais por meio do voluntariado e atividades práticas. Com isso estamos desenvolvendo nos estudantes virtudes e competências como: visão sistêmica, planejamento, liderança, ética, criatividade, responsabilidade, autoconfiança, iniciativa, perseverança, sensibilidade em relação aos desafios sociais e aceitação da diversidade. Estamos criando oportunidade para melhoria do bem-estar pessoal, ampliação do networking, novas ideias, experiências e conhecimentos.

Vale lembrar que Peter Drucker (1909-2005), escritor, professor e consultor administrativo de origem austríaca, considerado como o pai da administração moderna, já dizia que o “funcionário que presta serviços voluntários, por ser solidário à dor do próximo, é mais produtivo.”

“As atividades sociais voluntárias
desenvolvem também os valores humanos,
senso de participação, solidariedade e altruísmo.”

Na prática eles estão aprendendo o valor da doação do tempo, do trabalho, da experiência e talento, de forma espontânea e descobrindo uma maneira eficaz para mudar a realidade onde vivem.

Podemos assegurar que o trabalho voluntário contribui de forma relevante para o desenvolvimento pessoal e profissional, favorecendo a descoberta de novas habilidades e corroborando para a melhoria da qualidade de vida e do bem estar. Ajudar o próximo nos faz sentir mais solidários e este sentimento gera uma enorme satisfação. Como dizia Ralph Waldo Emerson, famoso escritor e poeta norte-americano (1803-1882), “que todas as pessoas que ajudam aos outros, ajudam a si mesmas e essa é uma das mais belas compensações da vida”.

Acredito muito em atividades práticas, especialmente em ações sociais, que partem de uma experiência de referência. Torna-se um aprendizado significativo e duradouro. No modelo da escola tradicional o aluno aprende um conjunto de lições e então passa por uma prova. Na vida real acontece exatamente o oposto. “Primeiro passa-se por uma prova e dela aprende um conjunto de lições. ” Este tipo de trabalho ressignifica à vida, gera um colorido especial no ambiente onde é aplicado e transforma as dificuldades em desafios a serem superados.  Isto é aprendizagem, crescimento e evolução. É qualidade de vida.

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Cleuza Pimenta
Cleuza Pimenta
Professora de MBA. Consultora empresarial com foco em treinamentos experienciais. Mestre em Administração, com formação internacional, na George Washington University - Washington DC – EUA. Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos, com aperfeiçoamento na Áustria. “Temas atuais e relevantes que estimulem à reflexão das pessoas a respeito da responsabilidade sobre a própria Qualidade de Vida. Instigar à melhoria da autoestima, o respeito, a conquista de um estilo de vida mais saudável. Contribuir para a geração de ambientes empresariais harmoniosos, criativos estimulando a colaboração e a motivação de forma natural e espontânea. Encorajar as pessoas a planejarem a sua aposentadoria. ” Saiba mais sobre Cleuza
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