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Comunicação não violenta como apoio às mães!

Comunicação não violente

Sou mãe de 4 filhos com idades de 12, 09, 07 e 2 anos; além desses filhos eu tive um aborto e uma morte uterina.

Os desafios da maternidade vão mais longes do que a preocupação com vestimenta, alimentos, e educação escolar… Eu percebo que o caro na maternidade não são as questões materiais e sim o desgaste emocional. Reconheço que a maternidade é um lugar de muita vulnerabilidade para a maioria das mulheres. 

É comum perceber o constrangimento de uma mãe no supermercado ou no shopping diante de uma birra, gritos e exigências desmedidas de um filho e os olhares acusadores de outras pessoas inclusive mães. Por outro lado, é muito confortante quando diante do teatro infantil alguém te olha e diz: tudo bem! criança é assim mesmo!

Como mãe estou me dedicando ao meu melhor e todas as vezes que leio uma matéria falando sobre filhos fico surpresa com tantas críticas e praticamente nenhuma orientação.

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Eu reconheço que muitas vezes tenho atitudes totalmente reprovadas pela psicologia infantil, grito, puxo as orelhas e às vezes falo palavras duras.

Também tenho clareza que o maior desejo de uma mãe é que seus filhos sejam felizes e sintam-se realizados!

O aprimorar

Por mais vontade que eu tenha em mudar meu comportamento com meus filhos percebo que o simples conhecimento do que é saudável não é suficiente. É importante vivenciar a mudança internamente.

A maioria das vezes repetimos o estilo de nossos pais e avós para ensinar os filhos.

A comunicação não violenta

A comunicação não violenta é um método simples de comunicação desenvolvido pelo psicólogo Rosenberg Marshall. 

O método nos lembra que a amorosidade é da natureza humana e por medo ou necessidade de proteção desenvolvemos a linguagem violenta, incoerente com nossa essência.

O Rosenberg Marshall, sugere observarmos como nos comunicamos com nós mesmos, ele criou um roteiro que facilita a comunicação amorosa, que se dá em 4 passos.

1 – Observar: eu devo colocar minha atenção em observar 

2 – Sentir: tomo consciência de minhas emoções e sentimentos diante do que observo

3 – Necessidade: é importante reconhecer qual a minha necessidade, o que realmente desejo.

4 – Pedir: a partir do momento que reconheço minha necessidade faço o pedido para atendê-la.

É importante diferenciar pedido de ordem. Quando faço um pedido sei que posso não ser atendida e sei lidar com uma recusa; se for uma ordem me zango e quero castigar o desobediente.

Por exemplo:

Comunicação violenta –  menino seu quarto está uma bagunça, pegue essas roupas espalhadas e guarde no lugar correto, agora!

Comunicação não violenta –  menino observei que tem muitas roupas espalhadas no seu quarto; ao ver isso sinto me angustiada; necessito de sua ajuda para deixar o quarto arrumado; você pode guardar as roupas que estão espalhadas?

Segundo a comunicação não violenta quanto mais clareza eu tiver de minhas necessidades melhor será minha Comunicação, pois por trás de cada impulso emocional esconde uma necessidade não satisfeita.

Como mãe fiquei surpresa com o resultado quando usei o método para falar com meus filhos. No lugar dos resmungos de sempre ouvi uma concordância e uma atitude imediata, fiquei surpresa e agradecida.

 É preciso praticar, praticar até que esse estilo se torne um hábito.

Dicas:

Diante de um impulso emocional, antes de falar acusações ou apontar culpados pergunte a você mesma: qual minha necessidade? só então se expresse de modo a buscar a satisfação de sua necessidade.

Lembre-se! Estamos sempre expressando o melhor que podemos. Ame-se! Somos seres em evolução e aprendizados.

Saiba que você não é responsável pelos sentimentos de outras pessoas, por isso nada que fizer irá mudar o que delas sentem. 


Aproveite para ler: O Aborto – no olhar da Constelação Familiar


Elane Pereira
Elane Pereira
É interventora sistêmica e co-fundadora do Mosaico Humano. Seus conteúdos irão possibilitar a prática da abordagem sistêmica, favorecendo o reconhecimento de padrões limitantes que irão conduzir a autotransformação através de pequenas mudanças comportamentais, trazendo mais consciência do potencial que cada um traz dentro de si. Elane tem um jeito inquieto de ser; é apaixonada por gente e suas potencialidades; está sempre em busca de conhecimento que favorece o iluminar do indivíduo e suas dores. Já escreveu livro, foi policial civil, graduou em Direito e hoje faz parte da empresa Mosaico Humano. "Eu tenho a intenção de contribuir para que mais pessoas aprendam a partir de suas experiências diárias e expandam a consciência através da autotransformação." Contato pelo site www.projetomosaicohumano.com.br  
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