Quem vai nos ensinar o que precisamos desaprender?

Refeições em família, comida
Comida, diversão e conversa nas refeições em família
29 de novembro de 2017
Coach, vida plena
Vida com mais significado: dicas de uma coach
4 de dezembro de 2017
Mostrar todos

Quem vai nos ensinar o que precisamos desaprender?

Desafio, desaprender

“Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.”

Rubem Alves

Todos nós já nos encontramos frente a um desafio e diante dele, algumas vezes, fazemos aquela conhecida pergunta: Nossa, como eu fui me meter nisso?

Desafios são chamamentos para se fazer algo que acreditamos ser além das nossas possibilidades, algo para ser vencido ou superado.  E é nessa cobrança competitiva de vencer e superar que encontramos resistência e, em muitas vezes, o recuo. Olhando para essas barreiras que nos fazem desistir de enfrentar muitos dos desafios e recuar, penso que o problema talvez não seja o desafio em si, mas a cobrança interna de não errar, de fazer o melhor, de vencer, de ser aceito e reconhecido por isso.

“Talvez a melhor pergunta a ser feita
diante de um desafio seja: Como posso viver
essa experiência e me divertir com ela?”

Estamos tão sérios e tão preocupados com o sucesso da vida profissional, da vida como um todo e dos tantos desafios, que esquecemos que a diversão pode fazer parte dessa história sem que, para isso, tenhamos que comprometer a dedicação e consistência da entrega.

Aqui estamos falando de um dos componentes mais importantes para o bem viver: o brincar!

Alguns avanços nos estudos da Biologia, Psicologia e Neurologia mostram que brincar modela nosso cérebro, nos ajudando a promover a empatia, facilitando as relações pessoais, bem como a nossa criatividade e inovação, nos ajudando a lidar com as dificuldades e soluções de problemas.

Os moldes sociais, que tendem a nos encaixar, em geral desaprovam esse lado mais brincalhão que tínhamos quando crianças, quando, talvez, possa ser esse o lado que mais precisamos valorizar, e que nos ajudará na condução dos relacionamentos, resgatando a leveza que impedirá que eles se desgastem nas inquietações cotidianas.

Diferente do que aprendemos nesse processo de se normalizar, brincar nos ajuda na recuperação do entusiasmo e expansão do lugar onde reside o nosso melhor, promovendo alegria e satisfação para o viver.

Mas somos o que somos como resultado de uma vida! Ao longo dos anos vamos sendo moldados para assumir nosso lado mais sério e fazedor e – encaixados nesse molde – vamos nos complicando nas questões da vida e nos afastando do nosso lado criança, mais alegre, criativo e brincalhão.

“aprender a desaprender”

A boa notícia é que isso pode ter solução. Não precisamos aceitar isso sem fazer uma mexida a nosso favor.  Podemos e devemos! Mesmo que o caminho não seja fácil. O empenho está no esforço de aprender a desaprender e fazer a roda rodar no sentido que desejamos.

Este é o grande desafio: aprender a desaprender! Mas – o mais importante –  é realizarmos esse desafio apenas desejando viver uma experiência divertida e que nos leve até o quintal da nossa criança para nos dar espaço na leveza de fazer a vida acontecer com alegria.

Experimente. Desafie a sua criança! Escolha um desafio que sempre sonhou realizar e deixe acontecer apenas para se divertir.

Afinal tudo é experimentação e o caminho é o que importa.


Clique aqui para ler outros textos de Silvia Corazza

comentários

Silvia Corazza
Silvia Corazza
Graduada em psicologia e pós-graduada em administração de empresas, percorreu sua jornada organizacional atuando em recursos humanos com foco em programas de desenvolvimento, benefícios e gestão de pessoas. Empreendedora é co-fundadora e sócia-diretora do LabQV | Laboratório de Qualidade de Vida e co-idealizadora e curadora de conteúdos do nCiclos, projetos que empreende com toda força de seu coração e com o propósito de conectar pessoas que são movidas pelo desejo de realizar para alcançar um impacto transformador na sociedade.
0