Empatia pode ser definida como a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, compreendendo o que ela sente.

Se buscarmos a etimologia da palavra, empatia vem do grego EMPATHEIA formada pelo sufixo En = EM + pathos = SENTIMENTO, ou seja, em sentimento, dentro do sentimento.

É interessante: a empatia tem um componente relacionado ao pensar – a compreensão – e outro componente relacionado à ação – o colocar-se no lugar do outro -; o sentimento, componente relacionado ao sentir, é algo que está no outro. Eu compreendo o que o outro sente porque eu me coloco no lugar dele; eu não sinto de forma afim ao que o outro sente, simpaticamente, tampouco eu sinto de forma oposta ao sentimento do outro, antipaticamente, porque na realidade eu não sinto; eu me calo em meus sentimentos para poder me colocar na situação em que o outro se encontra, de forma a perceber e compreender os sentimentos que o levaram a pensar e agir de determinada forma.

A partir do momento em que eu me coloco no lugar da outra pessoa eu permito que o seu sentimento entre em mim e, como eu pude suspender meu próprio sentimento, eu sou capaz de compreender este sentimento que me preenche porque me mantenho em mim, sem me misturar, sem me deixar arrebatar me perdendo numa simpatia que me arrasta em direção ao outro, mas também sem me fechar para o outro me afastando numa rejeição antipática.

Aproveitando esta época, quero trazer a

relação de Cristo com seus apóstolos, porque

entendo este como o mais perfeito exemplo 

de empatia que podemos encontrar.

Cristo chamou 12 homens simples para seguí-lo e levarem adiante a sua mensagem a partir da ação empática com o mundo. E Ele o fez não explicando o que é a empatia, mas chamando cada um desses homens pela compreensão a partir de seus pontos de vista, de seus sentimentos acerca do que era a Missão do Amor do Messias, bem como pela percepção e clareza das fraquezas e forças de cada um. Por isso Ele era capaz de falar e mostrar essa Missão com Seus exemplos a cada apóstolo, de acordo com o que eles tinham como potencial. Ele escolheu os doze que teriam potencialidades complementares para realizarem juntos a integralidade da Boa Nova, abarcando os doze pontos de vista para a visão completa e integral do todo.

Cristo não tentou convencer, não foi simpático com os eleitos, tampouco foi antipático com os que não faziam parte dos 12, ele simplesmente se dirigiu aos apóstolos de acordo com a compreensão que tinha de cada um por se colocar em seu lugar, por deixar entrar o sentimento do outro Nele próprio, sem julgamento, sem preconceitos, sem paixões. Assim Ele foi capaz de escolher os que estavam prontos e de chamá-los a partir da compreensão da busca individual de cada um.

Nesta época e, seguindo o chamado que nos dirige a campanha da Empatia do Portal NCiclos, que tal começarmos por tentar ouvir, em cada pessoa que encontramos, o chamado para nos abrirmos e tentarmos compreender seus sentimentos, a partir da ação consciente de nos colocarmos em seu lugar, este chamado que, no fundo, nos relembra o Cristo que habita em cada ser humano e que nos diz: “Vem e segue-me”, de forma que possamos dizer e fazer brilhar, como São Paulo: “Não eu, mas o Cristo em mim”.

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Entre os 6 a 22 de dezembro, nossos autores parceiros estarão publicando diariamente conteúdos sobre empatia, cada um dentro de sua área de saber, compartilhando aprendizados, histórias e experiências que possam inspirar e despertar a empatia. Acompanhe!!!

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Nós do nCiclos queremos inspirar o movimento transformador em sua vida e – para isso preparamos um MAPA DA EMPATIA para você seguir o passo a passo e colocar a empatia em prática, ampliando os fios da conexão humana.

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