Nas organizações, o feedback assumiu uma configuração de algo com dia e hora para ser feito. Chamo esse feedback tradicional de “feedback programado”. Realmente, há situações em que a melhor maneira de oferecer ao outro uma avaliação sobre seu desempenho ou sobre a realização de uma tarefa específica é realizar uma reunião programada com esse objetivo.
Porém é importante que o feedback não se limite a essas ocasiões formais e que seja oferecido às pessoas em qualquer momento propício e de diversas formas. Isso mesmo: muitas vezes não é necessário agendar uma conversa. Algumas frases colocadas dentro de determinados contextos têm efeito de feedback. Também certos olhares e gestos são maneiras de comunicar ao outro alguma coisa que tem valor de feedback.
O feedback não programado, inserido nas conversas do dia-a-dia, é muito comum nas relações de mentoring e se aplica a vários contextos, inclusive ao organizacional. Normalmente, essa abordagem corresponde a uma observação espontânea que fazemos sobre alguém.
Destacando um comportamento prejudicial
“Nas últimas vezes em que esse assunto veio à tona, eu observei que você procurou desviar o foco da conversa. Existe algo por trás disso que deveríamos abordar?
Levantando possíveis obstáculos
“Eu tenho notado que essa meta talvez não seja alcançada no tempo que você previu. Que você acha? Percebe razões para isso?
Destacando aspectos talvez ainda não considerados
“Notei que, quando conversamos sobre você trabalhar com Fábio, você ficou mais animado. O que faz a diferença em trabalhar com ele?
Levantando percepções sobre o progresso do mentorado
“Eu percebi que, quando você fala das recentes apresentações que fez, demonstra mais contentamento. O que aconteceu?
Você consegue perceber como essas intervenções podem representar um feedback, embora diferente do tradicional? Acha que é possível utilizar o feedback não programado no seu ambiente de trabalho?
Cadastre abaixo o seu e-mail e
receba os destaques do nCiclos