Dia 08 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher, por isso decidimos escrever sobre algo essencial para a qualidade de vida de qualquer mulher: sua alimentação. Mas como conciliar as diferentes necessidades que cada mulher (saúde, beleza, disposição, prazer, tempo, bem-estar, etc.) quando o assunto é comida?
Comer era pra ser algo simples, natural… Porém com tantas mudanças nas últimas décadas, como a industrialização – que nos trouxe muita praticidade sim, mas também muitos produtos pouco nutritivos que substituíram alimentos essenciais para a saúde – a inserção da mulher no mercado de trabalho e sua mudança de papel social – reduzindo seu tempo para cozinhar e comer – está cada vez mais difícil manter uma alimentação equilibrada. Isso sem contar a enxurrada de informações na mídia voltadas especificamente para a mulher, na tentativa de manter o estereótipo de mulher “Barbie” que tem todos os alimentos “milagrosos” na sua cozinha e tem que fazer dieta e ser magra pra ser feliz, dificultando ainda mais nossas escolhas alimentares.
Não! Não existe nenhum alimento milagroso, mulher não precisa fazer dieta, nem precisa ser magra e cozinha não é mais “lugar de mulher”! Hoje, felizmente, a mulher pode comer, fazer e ser o que ela quiser. E “lugar de mulher” é onde ela quiser também. Inclusive na cozinha, mas só se ela quiser! Aliás, essa talvez seja a mudança que tenha tido maior impacto na alimentação da mulher e das famílias.
Diante de tantas questões, vamos dar algumas sugestões para facilitar sua vida e tornar suas escolhas alimentares mais conscientes, prazerosas, práticas e nutritivas.
A mulher não tem mais obrigação de cozinhar, mas cozinhar em casa torna o acesso a comidinhas nutritivas, mais naturais e menos processadas, mais fácil do que na rua. Assim, divida as tarefas do preparo da comida com TODOS que moram com você (inclusive crianças!). Cada um escolhe o que quer fazer: preparar a lista de compras, comprar, armazenar, lavar, cortar, preparar, colocar a mesa, lavar a louça… Afinal todos precisam comer e, portanto, essa responsabilidade é de todos!
Essa é a etapa mais importante para comer bem. Por isso, defina com antecedência o que você quer comer ao longo da semana, verifique o que precisa ser comprado e faça uma lista de compras com alimentos nutritivos, práticos e gostosos.
Sempre que possível, faça ao menos parte das suas compras em feiras livres, “mercadões” e outros locais, como “sacolões”, onde são comercializados alimentos in natura ou pouco processados, incluindo os orgânicos. Nesses locais é possível encontrar alimentos práticos, como frutas secas, castanhas, legumes e frutas já cortadas ou verduras já lavadas e higienizadas, que facilitam a nossa vida!
Alguns alimentos que demandam maior tempo de cozimento, como feijão ou molho de tomate caseiro, podem ser cozidos em maior quantidade em um único dia, congelados e utilizados em preparações ao longo da semana.
Algumas preparações como sopas, omeletes, ovos mexidos, arroz, macarrão com molho de tomate, batatas assadas, carne moída e legumes refogados podem ser boas opções para os dias em que se tem pouco tempo para cozinhar. Verduras, legumes e frutas crus podem ser higienizados, picados com antecedência e mantidos em recipientes bem fechados ou sacos plásticos próprios para comida, para uso ao longo da semana.
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Levar comida feita em casa para o local de trabalho ou estudo é sempre uma boa opção, mas quando for comer fora, opte por restaurantes que ofereçam comida “feita na hora”, principalmente aqueles que você paga pela quantidade consumida (comida a quilo). Assim você gasta menos, escolhe melhor o que e quanto vai comer e tem à disposição uma grande variedade de alimentos.
Com equilíbrio e moderação não é preciso abrir mão do chocolate, da batata frita, do glúten ou de qualquer outro alimento vendido pela mídia como “não saudável” ou “engordativo”. Mas lembre-se que “comer de tudo” é diferente de comer tudo! É uma questão de equilíbrio! Comer de tudo significa incluir na alimentação frutas, verduras, legumes, carnes, cereais (arroz, farinha…), tubérculos, feijões e também (porque não?) doces e outros alimentos menos nutritivos, mas que consumidos juntamente com uma alimentação variada e com moderação, constituirão uma alimentação saudável e prazerosa!
Se você está com fome, coma! Esse é o sinal de que seu corpo está precisando de nutrientes e é importante respeitá-lo. O segredo é comer a quantidade necessária para ficar saciada, evitando excessos!
As mulheres apresentam necessidades nutricionais diferentes ao longo da vida, principalmente em períodos como a gestação ou menopausa. Além disso, existe muita informação não confiável sendo divulgada na mídia. Por isso, sempre conte com um nutricionista para ajudá-la a organizar sua alimentação e fazer melhores escolhas, que aliem saúde e prazer!
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