Nossa alimentação afeta diretamente
nossa saúde e, ao contrário do que
muitos pensam, uma alimentação
saudável vai muito além do
consumo adequado de nutrientes.
No dia 31 de março comemoramos o Dia Nacional da Saúde e Nutrição e no dia 07 de abril é celebrado o Dia Mundial da Saúde. Então resolvemos trazer para vocês a questão: o que e como comer para ter saúde? Pode parecer que discutir “o que comer” seja suficiente, mas não é. Para abordarmos a relação entre saúde e alimentação é importante começar discutindo o que é saúde.
O que é saúde pra você? Para a Organização Mundial da Saúde, o conceito de saúde vai além de “meus exames clínicos estão todos bons” e “não tenho nenhuma doença”, pois considera a saúde como um estado de bem-estar físico, social e emocional. Ou seja, é importante estarmos bem de forma mais ampla: com disposição, energia, prazer, resistência às doenças, bons relacionamentos sociais – família, colegas de trabalho, amigos – equilíbrio emocional, etc. E nossa alimentação como um todo (não apenas os nutrientes!) afeta tudo isso, não é?
Baseando-se nesse conceito, em 2014 o Ministério da Saúde, com o apoio de diversos pesquisadores renomados na área de Nutrição, elaborou uma nova versão do Guia Alimentar para a População Brasileira, que é um manual para as escolhas alimentares dos brasileiros, que considera nossa saúde neste sentido amplo, além de nossa cultura alimentar, nosso meio ambiente e nosso quadro epidemiológico.
Apesar de ter sido publicado há 4 anos, infelizmente, a maioria dos brasileiros ainda nem sabe que esse guia existe. E olha que esse guia já foi reconhecido internacionalmente! Nos Estados Unidos, por exemplo, a revista eletrônica publicou um texto afirmando que o Brasil tem o melhor guia nutricional do mundo. Aqui no Brasil, o Guia virou referência para a orientação dos nutricionistas mais atualizados e veio complementar ou até substituir a antiga pirâmide dos alimentos.
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E porque estamos falando sobre esse Guia? Porque ele é um guia incrível, feito para você, para nós e para todos os brasileiros, leigos ou não, que têm interesse em saber como comer bem para ter uma vida verdadeiramente saudável. Ele fala sobre comida e sobre o ato do comer, ou seja, considera a comida como algo que vai muito além de um “pacote de nutrientes bons ou ruins” e sim como expressão de nossa identidade, cultura e do lugar que ocupamos no mundo e, claro, como uma fonte de prazer, com papel significativo em nossa vida e em nossas relações. E, por último, nele que você vai encontrar informações atualizadas e confiáveis para fazer escolhas conscientes e desconfiar das fake news e modismos sobre alimentação.
Alimentação é um tema muito amplo e o Guia é extenso e completo, mas vamos adiantar um pouco do seu conteúdo por aqui:
Escolha diariamente variados alimentos de todos os tipos – grãos, raízes, tubérculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes – vindos “diretamente” da natureza ou que sofreram apenas processos simples como limpeza, moagem e pasteurização, sem acréscimo de nenhuma substância estranha ao alimento original.
Utilizados com moderação, óleos, gorduras, sal e açúcar contribuem para diversificar e tornar mais saborosa a nossa alimentação.
Fabricados pela indústria com a adição de muito sal ou açúcar para torná-los duráveis, palatáveis e atraentes, é importante consumi-los em pequenas quantidades. Exemplos: conservas (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum de latinha e queijos.
Suas formas massivas de produção, distribuição, comercialização e consumo afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente. Além disso, sofrem elevado processamento pela indústria, com altas concentrações de açúcar, sódio e/ou gordura e aditivos industriais (conservantes, corantes, etc.), restando pouco ou nenhuma quantidade do alimento natural. Exemplos: refrigerantes, sucos em pó, salsichas, chocolates, biscoitos, barras “energéticas”, barras “de cereais”, sopas em pó, macarrão “instantâneo”, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets.
Que tal desligar o celular e a TV e aproveitar melhor o sabor e o aroma da sua comida?!
Opte por feiras livres, hortifrutigranjeiros e, sempre que possível, adquira alimentos orgânicos e agroecológicos.
Converse com as pessoas que sabem cozinhar, peça receitas a familiares, amigos e colegas, leia livros, consulte a internet e… leve todos pra cozinha!
Divida com os membros da casa a responsabilidade por todas as atividades relacionadas ao preparo de refeições. Faça do ato de cozinhar e comer momentos privilegiados de convivência e prazer.
Restaurantes de comida a quilo ou o famoso PF (Prato Feito) podem ser boas opções, assim como refeitórios que servem comida caseira em escolas ou no local de trabalho.
A função essencial da publicidade é aumentar a venda de produtos. Avalie com crítica o que você lê, vê e ouve sobre alimentação em propagandas comerciais.
Dentre outras coisas, uma novidade revolucionária que o Guia trouxe é a classificação dos alimentos de acordo com o seu grau de processamento, o que ajuda a escolher melhor a qualidade dos alimentos que compramos e levamos para casa.
Para saber mais sobre o grau de processamento você pode conferir nosso texto “Como anda a alimentação do seu filho” ou baixe gratuitamente o Guia completo clicando abaixo
É importante ressaltar que as orientações do Guia não são suficientes para orientar populações com doenças, necessidades ou restrições alimentares específicas, que devem procurar um nutricionista para uma orientação para seu caso.
Acompanhe nossas próximas publicações na nCiclos ou escreva para nós: neusa@nbnutricao.com.br e bianca@nbnutricao.com.br. Até a próxima!
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