Para definirmos o que é Reiki, primeiro é necessário saber o que é energia, uma vez que Reiki é uma técnica japonesa traduzida como energia universal e vital. É o processo de encontro destas duas energias, formando o binômio Rei e Ki.

No século XX, segundo Gerber e Wytias, a física moderna de Einstein tornou-se base do paradigma holístico ao comprovar que matéria é igual à energia (E = mc2), e que tudo no universo é constituído por fótons, que em grego significa luz, inclusive a mente e o pensamento.

Reiki é uma prática integrativa e complementar em saúde que se adapta perfeitamente aos novos paradigmas de saúde, que inclui consciência, corpo, mente, emoção e, principalmente, a prevenção.

É uma técnica complementar à medicina alopática ou homeopática. Adapta-se a qualquer cultura, raça, credo, seita ou idade.

Reiki é uma das 19 Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICs) que compõem a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. A essência das PICs diz respeito ao processo do cuidar, pois visam complementar esse processo com técnicas que se direcionem para as dimensões do corpo, mente e emoção do ser humano.

Toque terapêutico

O toque terapêutico do Reiki, como método integrativo e complementar em saúde, que utiliza posições básicas e auxiliares no tratamento, tem sua essência no sistema de autorresponsabilidade, no qual o assistido é responsável pela sua saúde.

Reiki, para Barnett & Chambers, encoraja o funcionamento integrado e potencializado dos sistemas de cura do corpo. Estudos mostram que um profundo estado de relaxamento age através do sistema nervoso autônomo para diminuir a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, e para aliviar a tensão e a ansiedade. Esse estado de relaxamento também aumenta as habilidades do sistema imunológico e estimula a produção de endorfinas no cérebro, um analgésico natural que age diminuindo a percepção de dor e cria um estado de bem-estar.

Equilíbrio energético

Quando se realiza o tratamento com Reiki, há uma recomposição da energia desgastada, realinhamento, ativação e desbloqueio dos chakras (centros de forças que mantém o corpo físico em equilíbrio energético), promovendo a harmonização e cura em todos os seus níveis, de forma gradual e uniforme.

Para utilizar a técnica adequadamente é necessário que o reikiano (pessoa habilitada a aplicar o Reiki) realize a formação ministrada por um mestre em Reiki. O Reiki serve tanto para a autoaplicação como para o tratamento de outras pessoas, permitindo um processo de crescimento contínuo e permanente.

O Ministério do Trabalho reconhece a técnica Reiki como profissão isolada dentro das atividades de práticas integrativas e complementares em saúde humana desde janeiro de 2007.

“Humanização e Acolhimento”

Por ser uma profissão de cunho holístico, Reiki promove a humanização da assistência. Por isso, torna-se sensato a utilização desta prática integrativa no complemento do cuidado, oferecendo mais qualidade aos serviços e mantendo, ao mesmo tempo, um custo-benefício eficiente.

Desde a implantação das PICs, em 2006, a procura e o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde a esses procedimentos cresceu. No ano de 2016, mais de 2 milhões de atendimentos das PICs foram realizados nas Unidades Básicas de Saúde de todo o País.

Reiki, portanto, é um direcionador para a humanização e o acolhimento. O encontro consigo mesmo a partir do autoconhecimento, autocuidado e autopercepção, trazem sentido e possibilidade para o melhoramento das práticas de gestão em saúde. Eu, Luiza, enquanto enfermeira, mestra em Reiki e agente de implantação das PICS no SUS posso afirmar: existe um caminho amoroso no cuidado em saúde: e Reiki faz parte dele!

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