O otimismo em momentos de crise tem a ver com sabedoria, não com alienação!
É sempre a mesma coisa: quando algo ruim acontece, as pessoas tendem a alimentar-se disso, como se fosse uma fonte de energia, que na verdade nos enfraquece.
Alguns pensam que ao compartilhar uma notícia ruim, estão ajudando a mudar o cenário. Pelo contrário, estão apenas propagando o medo, a incerteza e a escassez.
Quando as pessoas se alimentam de notícias ruins, várias coisas podem acontecer:
Se iniciarmos ou terminarmos nosso dia com notícias negativas, já é provado pela ciência que temos menores chances de termos um dia bom;
Se colocarmos o foco no que não vai bem, provavelmente nossa capacidade de solucionar problemas e de enxergar oportunidades será afetada;
Se diariamente ficarmos expostos a eventos negativos, teremos um impacto direto em nosso nível de estresse.
Mas mesmo assim, você deve perceber que a tendência da maioria de nós é ir na contramão do que nos traz equilíbrio e Bem-estar.
A crise gera um fenômeno chamado Síndrome da Escassez.
Se por um lado as pessoas cumprem um papel social em alertar os outros ao propagar a crise e também conseguem prevenir-se, do outro ficam presas na armadilha do pessimismo e contribuem para que o pânico se instale.
As pessoas também utilizam estes eventos para projetarem suas próprias questões reprimidas nos outros, através do julgamento e da culpa. Atribuir a culpa a alguém é uma forma de se eximir de qualquer responsabilidade: “não posso fazer nada já que o outro é culpado”.
“E a crise mexe com a nossa zona de conforto. É natural que o pânico se instale.”
E isso só ganha força quando envolvemos outras pessoas nisso.
Um dos fatores que contribui para a propagação deste pensamento é que poucas pessoas sentem-se confortáveis com o que não conhecem. Não gostam de mudança. Não sabem enfrentar adversidades, talvez pelo medo do desconhecido. E a crise mexe com a nossa zona de conforto. É natural que o pânico se instale.
E quando isso ocorre, olhamos para o nosso próprio umbigo. Somos vítimas querendo salvar nossa própria pele.
É um paradoxo. De um lado, a crise gera ansiedade e pânico. De outro, nos traz informações sobre o mundo e sobre nós mesmos para aprendermos novas maneiras de vivenciar o mundo.
O otimismo tem a ver com a nossa maneira de enxergar os eventos negativos. E não em negar o prejuízo que eles nos trazem, tampouco as emoções negativas às quais ficamos expostos, pois elas podem nos servir de bússola para aprendermos novos caminhos e novas atitudes.
O otimismo está em enxergar possibilidades, em entender que as situações são passageiras, em colocar o foco no que pode ser modificado e em trabalhar a auto responsabilidade.
Ser otimista nos momentos de crise tem a ver com flexibilidade, oportunidade, equilíbrio e ação. O pessimismo paralisa. O otimismo faz agir.
De todas as formas, como a responsabilidade é nossa, cabe a nós escolhermos se queremos ficar dentro do caos ou ajudar a instalar a ordem e a paz.
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