Muita gente trabalha os 365 dias do ano só de olho naquele mês incrível, quando é tempo de só preparar as malas e não pensar em mais nada. Mas para curtir as férias sem dor de cabeça, a palavra-chave é planejamento. Ele começa antes mesmo do que você imagina: quando alguém diz que vai entrar de férias, vem a pergunta logo de cara: “para onde você vai?” É aí que começam as definições da próxima viagem. Afinal, o destino é o ponto de partida para todo o resto, principalmente para saber se essa sonhada viagem vai caber no bolso.
O nosso país é lindo, mas a preferência do brasileiro é por viagens internacionais. Embora já tenham perdido um pouco do glamour, da majestade, os Estados Unidos continuam no topo da lista de desejos. Outros queridinhos são os países latinos, principalmente os que fazem parte do Caribe, com suas praias maravilhosas. Uma vantagem dos nossos vizinhos é o custo da passagem – bem mais em conta do que ir para a terra do Tio Sam – e a moeda desvalorizada em relação ao real. Essa é uma das grandes vantagens dos latinos, já que com o dólar lá em cima e tão oscilante, fica difícil prever com mais segurança o quanto a viagem vai custar se o destino for Orlando, Nova Iorque, Los Angeles… Já em uma visita à Colômbia, República Dominicana e Venezuela, por exemplo, é mais fácil calcular os gastos e tirar férias sem dor de cabeça na volta.
A tentação de tirar férias amanhã é grande, mas não adianta fazer nada às pressas. Ainda mais em tempos de crise, o segredo é se planejar, sempre. Compre pacotes com no mínimo três meses de antecedência: é assim que você vai conseguir negociar, barganhar, encontrar boas ofertas. Quanto mais perto você estiver da viagem, pior para comprar os pacotes: eles vão encarecendo a cada dia. Muita gente começa a se planejar apenas um mês antes e leva um susto com as tarifas mais caras nos hotéis, passeios que ainda não foram comprados, despesas extras que podem aparecer. O risco de voltar com dívidas fica cada vez maior
Para sair de férias sem dor de cabeça e não voltar com o nome no SPC ou na Serasa, basta planejar tudo com antecedência, calma e segurança. Faça uma listinha básica com as seguintes dicas:
Não faça loucuras, pense em algo dentro do seu orçamento, das suas limitações. Claro que você pode e deve realizar o sonho de visitar aquele destino que acompanha você há anos. Mas é preciso fazer um caixa antes, abrir mão de alguns gastos do dia a dia e poupar para ver a torre Eiffel, a muralha da China, o Mickey, a aurora boreal. Tente pagar o que puder antes de embarcar para voltar com o mínimo possível de dívidas.
É melhor ir de avião? Ônibus? Trem? Vou usar transporte público quando estiver lá? Vou alugar um carro? Essas são perguntas que você precisa se fazer antes de decidir qual o tipo de passagem que vai comprar. Planeje com calma, leve em conta o melhor custo-benefício de cada tipo de transporte. Se você for para a Europa, por exemplo, há um tipo de bilhete, o Interrail Pass, que permite que você conheça mais de trinta países por um preço fixo. Se o seu destino são várias cidades dentro do mesmo país, ele também pode valer a pena.
Hotel? Airbnb? Uma alternativa que muitos não consideram – até por desconhecimento, já que não é uma prática muito comum no Brasil – é o chamado hostel. São os famosos albergues, que lá fora fazem tanto sucesso. Embora muita gente não saiba, os hostels geralmente oferecem diferentes tipos de quartos, não só os dormitórios coletivos. Há quartos para casais com banheiros privativos, por exemplo. Não tem o luxo de um hotel, mas vale a pena pelo preço: chegam a ser um terço mais baratos. Além disso, os hostels costumam ter áreas comuns onde é possível fazer amizades e conhecer gente do mundo todo.
Claro que quando a gente sai de férias, não considera a possibilidade de ficar doente ou se machucar. Mas é preciso prever que acidentes podem acontecer em qualquer lugar do planeta. Você também não está imune a uma intoxicação alimentar, por exemplo. E despesas com médicos e remédios fora do Brasil são muito, muito altas. Não vale a pena correr esse risco.
Não deixe para comprar tudo de uma vez. Dólar e euro, principalmente, são moedas que oscilam muito e algum acontecimento internacional pode fazer com que elas cheguem nas alturas e aí todo o seu planejamento de gastos pode ir por água abaixo. Compre aos poucos. Mesmo que seu destino seja algum país latino, leve sempre dólar com você: a moeda costuma ser aceita em quase todo lugar e, se sobrar, você pode sempre usar em outra viagem. Aliás, nunca traga para o Brasil outras moedas que não sejam dólar e euro: aqui elas não valem nada e é muito difícil trocar.
É importante estipular um limite diário para gastos com comida. Claro que de vez em quando você pode se dar ao luxo de ir num lugar mais requintado e bacana. Mas dê preferência a restaurantes populares, de grandes redes, no dia a dia. Se puder fazer um café da manhã reforçado no hotel, dá pra almoçar mais tarde e à noite só fazer um lanche, por exemplo.
Há muitas agências de viagens que oferecem várias pegadinhas. Mas há casos em que o anúncio pode valer a pena. Uma dica é sempre perguntar qual a cotação do dólar que a agência está usando para calcular hotel e passagem. Se for mais baixa do que o valor praticado no mercado, pode valer a pena comprar com ela o pacote.
Assim como no Brasil, deixar para comprar a entrada para um museu ou show na última hora pode custar caro. Geralmente dá para comprar pela internet ainda no Brasil e apresentar o voucher na hora.
Anotou tudo?
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