A arte de fazer perguntas (parte I)
Sabemos que perguntar é uma forma poderosa de adquirirmos conhecimento e crescermos mais e mais. Então, porque não fazemos isso com frequência? Para algumas pessoas, perguntar significa demonstrar insegurança ou sinal de fraqueza. Outras preferem manter suas crenças e permanecer no conforto de suas verdades. Outras ainda com pressa de fazerem as coisas acontecerem, acham que perguntar é perda de tempo.
Os grandes homens e mulheres da humanidade se tornaram grandes a partir de perguntas Poderosas.
A sala de aula e a academia são lugares privilegiados para se promoverem boas perguntas. No entanto, isso não ocorre com frequência. Ás vezes, nós professores usamos didáticas ultrapassadas que tornam nossas aulas monótonas. Não damos oportunidade aos alunos de se posicionarem, levando-os a se comportarem como robôs preocupados em reproduzirem, cumprirem tabela, passarem de ano, no ENEM e no vestibular.
A ciência e o conhecimento não são absolutos e podem ser questionados. O mundo do trabalho necessita de profissionais argumentativos, que saibam conversar, negociar; que desafiem as organizações e questionem seus modelos, suas atitudes, seus processos e suas decisões. Por isso, a escola e as universidades são verdadeiros laboratórios para se desenvolverem estas habilidades. Isso possibilita a criação de um clima favorável ao aprendizado, onde os alunos se expressem com naturalidade e coloquem suas ideias, pontos de vista e dúvidas; os professores, por sua vez, se tornam incentivadores deste comportamento.
Somos mais valorizados pelas respostas que damos com prontidão, baseados nas nossas verdades pré-concebidas, nos fechando ao entendimento em profundidade do ponto de vista do outro. Como dizia Santo Agostinho “A verdade não é minha nem sua para que possa ser minha e sua”.
Infelizmente, toda nossa estrutura acadêmica está baseada nesse modelo mental.
Você já fez uma prova ou um teste onde você foi avaliado pelo poder de suas perguntas?
Enfim, se a escola e também a família incentivarem e favorecerem este espaço de interlocução, o jovem terá ferramentas para se indagar acerca de seu Projeto de vida:
Quem sou eu? Quanto me conheço? Quais os meus talentos e habilidades? Quais são os meus valores? Onde me encontro neste momento da minha vida? Para onde estou caminhando? Qual o meu projeto de vida a curto e médio prazo? Como gostaria de ser lembrado um dia? E assim exercitar a Força Criativa de suas escolhas.
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