Segundo Bert Hellinger não existe nenhuma mulher que se tenha tornado mãe e não o tenha realizado plenamente.
Isso é por si evidente, não necessita grandes pensamentos basta voltar o olhar para o bem maior que existe que é, naturalmente, a vida.
Não existe maior sintonia com a força criadora primitiva do que o ato de gerar.
Gerar é algo que qualquer pessoa pode, não é uma coisa especial, não obstante, é a maior de todas. O nascimento por si só é uma incrível realização, não existe nada maior e por isso nada traz uma alegria maior do que uma criança que acabou de nascer.
Ao dar a vida ao filho, a mãe o faz em sua totalidade. E dessa vida, a mãe nada pode acrescentar ou subtrair ao que foi dado.
Como mães todas foram perfeitas, não existe nenhuma mãe que foi melhor ou pior do que outra.
Tudo começa com a própria mãe, a maioria dos problemas surgem quando algo nessa relação não se realizou em plenitude. Nenhuma relação posterior tem êxito enquanto a relação primária não for bem-sucedida. Todo relacionamento começa com a mãe.
A criança pequena toma tudo em sua alma. Aí não existe, ainda, nenhuma resistência. Esta só acontece mais tarde.
Não suportar o que pesa na mãe, quer ajudá-la, intrometer e colocar-se acima dela, querer retribuir, compensá-la.
O verdadeiro tomar não comporta exigência.
Ter a consciência de que eu posso compensá-la repassando a outras pessoas, tudo que eu recebi.
Dizer a mãe: “você pode me dar, eu tomo tudo”.
É necessário contemplar a mãe com o peso de seu destino, seus enredamentos, suas deficiências, seus vícios, suas doenças.
Eu não tomo algo de minha mãe em mim, tomo minha mãe em mim, com tudo que isso envolve e aquilo que eu não considerava bom fica fora de mim.
Para tudo aquilo que lamento eu encaro e digo: sim, assim foi e coloco isso dentro de mim com todo desafio que me traz, eu lhe digo: agora vou fazer algo com você, vou tomar você como meu amigo, como minha amiga.
Gerar é algo que qualquer pessoa pode, as consequências exigem uma grande realização.
A realização como mãe pede primeiro que tenhamos crescido, então construímos uma relação adulta e para isso eu devo ter tomado em plenitude os meus pais.
É aquele que está sempre buscando receber o que considera ter faltado na relação com seus pais em outros relacionamentos, seja, com o cônjuge, com os filhos e até mesmo com os amigos.
O adulto consegue igualmente dar e tomar. Nas relações adultas é importante que cada pessoa possa de algum modo tomar da outra. Essa é a compensação mais importante, não é preciso que ambas deem na mesma medida, mas que tomem para si na mesma medida.
Como pessoas adultas devemos dar sem esperar receber do outro algo que ele não possa dar-nos. Essa atitude nos dá força para nos tornarmos Mães ou pais.
Segundo Bert Helliger 80% das pessoas que procuram terapia tem a ligação com a mãe perturbada e a cura acontece quando essa pessoa se conecta a sua mãe.
Somente a mãe pode abrir o caminho para o pai, com isso, ela tem um poder incrível. Ninguém mais pode abrir o caminho para o pai.
A mãe deve amar o pai no filho, como o amou no início. A mãe deve dizer ao filho: “eu me alegro se você for igual ao seu pai” com isso a mãe abre caminho para que o filho tenha acesso ao pai e ele ganha uma força especial e ama ainda mais a sua mãe.
Para saber mais leia o texto: Entenda Constelação Familiar na prática
Fonte: livro Um lugar para os excluídos – Bert Hellinger
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